Com 40% da população na pobreza e inflação de quase 100%, Argentina está mergulhada em crise que Lula finge não existir.
O que dizer de uma pessoa que chama de “privilegiada” a situação econômica e política de um país cujo presidente insiste em aplicar medidas disparatadas, como o congelamento de preços e a impressão de moeda, que diz que a inflação oficial de quase 100% – a mais alta dos últimos 31 anos – está apenas “na cabeça das pessoas” e onde quatro a cada dez cidadãos são pobres? Este é um pequeno resumo de como andam as coisas na Argentina do presidente Alberto Fernández.
E o que pensar se a pessoa que tece elogios tão estapafúrdios é o presidente da República do país vizinho, no caso, o nosso, que além de fingir que o fracasso retumbante da Argentina não existe, ainda cria a narrativa de que a situação econômica por aqui é que está péssima. O discurso de Lula – recebido pelos argentinos com pompa e circunstância dignas do tio mais rico da família – é apenas mais um capítulo deplorável da história do nosso país.
Porém, ainda mais insano é querer criar uma moeda comum entre o Brasil, que fechou 2022 com um superávit recorde de US$ 62,3 bilhões, e um país com resultados econômicos desastrosos, cuja moeda chegou ao ponto de ter tantas taxas de câmbio que acabou virando piada mundial. E por falar em piada, a que diz que o Brasil terá vantagens nisso só está tendo graça para uma pessoa: Fernández, e é bem fácil de entender o porquê.
É como se você tivesse um vizinho que torra metade do salário em farra e bebedeira, e perde a outra metade no cassino todo mês. Enquanto você trabalha duro todo santo dia para honrar seus compromissos com responsabilidade e aumentar seu patrimônio. Vendo a sua prosperidade e querendo mais dinheiro para farrear, beber e dobrar as apostas na jogatina, o vizinho bate à sua porta e propõe que você tenha uma conta conjunta com ele. Achando que você não passa de um perfeito idiota, o vizinho ainda diz que suas vantagens serão enormes e que a rua inteira será beneficiada.
Creio que, por mais que você não seja um gênio das finanças, jamais concordaria com a proposta indecorosa do vizinho irresponsável. Porém, existe um agravante: mesmo que você não concorde, não pode decidir sozinho, pois tem esposa e filhos. Se eles forem convencidos pela lábia do picareta, você será voto vencido e se verá obrigado a bancar a farra da rua inteira.
Nenhum comentário
Postar um comentário