Justiça do Trabalho marcou o primeiro leilão para o dia 3 de fevereiro, às 9h (horário de Brasília), em sessão online
Terreno do centenário Colégio Americano Batista vai a leilão - FOTO: Colégio Americano Batista / divulgação. Créditos: Jc-Pe
Uma das principais instituições de ensino de Pernambuco, o centenário Colégio Americano Batista (fundado em 1906) vai a leilão no próximo dia 3 de fevereiro, às 9h (horário de Brasília), na modalidade online. O imóvel, que fica localizado na Rua Dom Bosco, nº 1308, no bairro da Boa Vista, região central do Recife, tem uma área total estimada em 35 mil m² e foi penhorado pela Justiça do Trabalho no dia 27 de junho de 2022 para pagamento de dívida trabalhista - valor da execução de R$ 41.396,75.
De acordo com avaliação da justiça, o terreno que pertence à Missão Batista do Norte do Brasil, com sede em Brasília, foi avaliado em R$ 103.659.150,00. Entretanto, o bem pode ser alienado em primeira praça pelo lance mínimo de 50%, ou seja, R$ 51.829.575,00. Caso ninguém arremate o imóvel penhorado, haverá uma segunda praça um mês depois - no dia 3 de março de 2023. Nesse caso, o leilão inicia com lance mínimo de 30% (R$ 31.097.745), calculados sobre o valor da avaliação do imóvel.
No edital de intimação despachado pela Juíza Adriana Satou Lessa Ferreira, da 4ª Vara do Trabalho do Recife, ficou definido que o leiloeiro oficial designado para promover a arrematação pública será Daniel Cintra Zanella, com os lances sendo dados através do site www.leilaopernambuco.com.br.
Um dos alunos mais notáveis que estudou no Colégio Americano Batista foi o paraibano Ariano Suassuna, escritor, dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta, artista plástico, professor, advogado e palestrante.
Ariano também passou pelo Americano Batista e marcou a literatura com suas obras incomparáveis. Qual brasileiro(a) nunca leu algo dele ou assistiu um filme baseado nas obras dele? 😋
Descrição do bem leiloado
O terreno do Colégio Americano Batista fica localizado no número 1308, na Rua Dom Bosco, no bairro da Boa Vista, possui cinco blocos escolares, uma capela e uma residência. Cada bloco escolar tem dois pavimentos:
- O 1º bloco escolar tendo no térreo: duas salas de aulas, dois sanitários, quatros alas de departamento e uma circulação externa;
- O 2º bloco escolar consta no térreo seis salas de aulas, um sanitário, sala de diretoria, secretaria, dois gabinetes, corredores de circulação, um depósito e escada. Já o 2º pavimento consta de seis salas de aulas, biblioteca, dois sanitários e circulação;
- O 3º bloco escolar consta no térreo: duas salas de aula, quatro gabinetes, uma escada, circulação e auditório; o 2º pavimento consta de quatro salas de aula, circulação, um sanitário e um depósito;
- O 4º bloco escolar consta no térreo: quatro salas de aulas, circulação, um sanitário e um gabinete; o 2º pavimento com quatro salas de aulas, banheiro, escada e circulação;
- O 5º bloco escolar consta no térreo: cinco salas de aulas, banheiro e circulação; o 2º pavimento com quatro salas de aulas, auditório, um gabinete, circulação, banheiro e escada;
- A residência térrea é composta de uma sala, três quartos, um banheiro, uma cozinha, terraço e circulação; a capela consta de nave, duas sacristias, um banheiro e circulação.
História do Colégio Americano Batista
O Colégio Americano Batista foi fundado em 1906 pelo missionário norte americano W.H. Canadá, que sentiu o desejo de contribuir para o desenvolvimento da Educação no Brasil e resolveu criar uma escola para alfabetizar e educar crianças que não tinham condições financeiras de investir em estudos particulares.
A escola começou a funcionar num casebre vizinho à primeira Igreja Batista do Recife, inicialmente com treze alunos. Assim começou o Colégio Americano Batista do Recife. Após 13 anos, o então diretor da instituição, o missionário H.H. Muirhead, comprou uma chácara localizada no lugar que atualmente fica o Parque Amorim, onde foi instalado o colégio.
Após a aquisição do terreno, o primeiro edifício construído levou o nome do professor Alfredo Freyre, antigo diretor do colégio e advogado que intermediou a compra da propriedade. A ideia original era que o prédio reproduzisse a fachada da Casa Branca, sede da presidência dos Estados Unidos.
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