Na última terça-feira (26), a Câmara Municipal de Paulista protagonizou uma intensa disputa política ao rejeitar, por 12 votos contra 3, a proposta do prefeito Yves Ribeiro (PT) de remanejamento de 40% do orçamento municipal previsto para o ano de 2024. O impasse levou a um consenso entre os vereadores, que aprovaram, por unanimidade, um remanejamento de apenas 10%, causando indignação na Prefeitura. O orçamento total do município está estabelecido em R$ 1 bilhão.
O presidente do Legislativo, Edson Araújo Pinto, conhecido como Edinho, defendeu a decisão da Câmara, argumentando que o remanejamento deste ano já havia sido fixado em 10%, o que tornava desproporcional um aumento para 40%. "O prefeito não fez nada em três anos e quer um cheque em branco no ano eleitoral. Ele enviou a proposta dos 40% no orçamento, a Câmara aprovou os 10%, o prefeito vetou e os vereadores derrubaram o veto por unanimidade", declarou o parlamentar.
Dos 15 vereadores do Paulista, 10 fazem parte da base governista, e 12 estiveram presentes durante a votação. Mesmo diante da pressão exercida por secretários municipais, os legisladores mantiveram sua posição, gerando um confronto político significativo.
Em resposta à decisão da Câmara, a gestão municipal emitiu uma nota à imprensa nesta quarta-feira (27), acusando o presidente Edinho Araújo de agir com o intuito de "desestabilizar a gestão do prefeito Yves Ribeiro". A administração classificou a decisão como "antipática" e afirmou que impactará diretamente a vida da população, especialmente nos setores essenciais como saúde, educação e assistência social.
A Prefeitura do Paulista argumenta que a limitação imposta pelos vereadores resultará em um orçamento "travado", prejudicando a oferta de serviços essenciais à comunidade. O embate entre os poderes Executivo e Legislativo promete repercutir nos próximos dias, enquanto a população aguarda esclarecimentos sobre os possíveis impactos nas áreas cruciais para o bem-estar municipal.
Nenhum comentário
Postar um comentário