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Exposição "Mutirão" celebra os 60 anos do Movimento de Cultura Popular do Recife na Fundaj

terça-feira, 14 de maio de 2024

/ por Isabel Gusmão

No contexto vibrante dos subúrbios recifenses dos anos 60, onde projetos de educação e cultura fervilhavam, o Movimento de Cultura Popular (MCP) emergiu como uma iniciativa poderosa para transformar a paisagem social do Recife. Infelizmente, há também 60 anos, esse movimento foi abruptamente interrompido pelo golpe civil-militar, deixando um legado de ideais e práticas que agora são relembrados e celebrados na exposição "Mutirão".

Promovida e produzida pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Unidade de Artes Visuais, a exposição terá sua abertura na Galeria Vicente do Rego Monteiro, no campus Ulysses Pernambucano da instituição, localizado no Derby, a partir de quarta-feira, 15 de maio, com visitação pública a partir do dia seguinte.

Sob a curadoria de Moacir dos Anjos, coordenador-geral do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), "Mutirão" promete transportar os visitantes para o efervescente cenário cultural e político do Recife da década de 1960. Mais de 200 itens, incluindo fotografias, documentos, filmes, obras de arte e outros artefatos, serão exibidos, provenientes de diversas coleções públicas e privadas.

A exposição não apenas oferece um olhar nostálgico sobre os dias de glória do MCP, mas também reflete sobre seu significado e legado para as gerações presentes e futuras. Ao destacar a importância do movimento na luta contra o analfabetismo e na promoção da cultura popular, "Mutirão" busca inspirar reflexões sobre os desafios atuais e a necessidade de reinventar abordagens para questões sociais e educacionais.

Para Moacir dos Anjos, a história do MCP ressoa profundamente nos dias de hoje, lembrando-nos dos desejos frustrados de uma geração que buscava escrever sua própria história. A exposição não apenas lança luz sobre os feitos passados, mas também inspira a busca por novos caminhos para enfrentar os desafios do presente.

A presidenta da Fundaj, professora doutora Márcia Angela Aguiar, enfatiza a importância de preservar a memória e os ideais do MCP, garantindo que as futuras gerações possam aprender com o passado e se inspirar para construir um futuro mais justo e igualitário.

Além da exposição, estão previstas atividades públicas associadas, como debates e exibições de filmes, que serão anunciadas em breve. Ao final do evento, um catálogo será publicado, registrando e preservando os momentos significativos da exposição "Mutirão".

"Mutirão" não é apenas uma exposição, mas sim um convite para uma viagem no tempo, para revisitar um período crucial da história do Recife e do Brasil, e para refletir sobre como os ideais e práticas do Movimento de Cultura Popular ainda podem inspirar e guiar as ações do presente.

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