Pesquisa revela previsões de consumo paea a Semana Santa em Recife

Com a Semana Santa se aproximando, o foco das famílias da Região Metropolitana do Recife (RMR) está firmemente direcionado para o consumo de pescados e chocolates, de acordo com um estudo recente conduzido pela UniFAFIRE.

A pesquisa, realizada entre os dias 5 e 12 de março, abordou 750 indivíduos em vários locais emblemáticos da cidade, como os bairros do Derby, Boa Vista e Jaqueira. Os resultados são claros: 71% dos entrevistados planejam adquirir pescados, enquanto 55% planejam investir em chocolates durante o período festivo.

Esses números refletem a forte ligação cultural e religiosa que a Páscoa mantém com a população brasileira, conforme revelado pelo último censo do IBGE em 2010, que indicou que 88,52% dos brasileiros se identificam como cristãos. Esse sentimento é corroborado pela pesquisa Global Religion 2023, que posiciona o Brasil como líder em crença religiosa, com 89% da população acreditando em um poder superior.

João Paulo Nogueira, educador financeiro e Coordenador do Núcleo FAFIRE Inteligência de Mercado, interpretou os resultados, destacando a preferência dos consumidores por pescados em relação aos chocolates. Ele observou que a tradição religiosa desempenha um papel significativo nesse comportamento, especialmente durante a Sexta-Feira Santa e o domingo de Páscoa, quando muitos optam por abster-se de carne vermelha em favor de peixes e frutos do mar.

Nogueira também abordou a questão dos preços dos chocolates, apontando que muitas famílias enfrentam restrições orçamentárias ao considerar a compra de ovos de Páscoa devido aos altos custos. Essa realidade leva a uma busca por alternativas mais acessíveis, como ovos menores ou barras de chocolate.

A pesquisa, conduzida por membros da consultoria Projetos Júnior sob supervisão de consultores, levou em consideração variáveis econômicas, como sexo, faixa de renda e nível de escolaridade. Os resultados não apenas oferecem insights sobre os hábitos de consumo dos recifenses durante a Semana Santa, mas também destacam as dinâmicas econômicas e culturais que moldam esses comportamentos.