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Intercâmbio Latino-Americano destaca resiliência climática no Semiárido Brasileiro

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

/ por Isabel Gusmão

Entre os dias 28 de outubro e 8 de novembro, os estados de Pernambuco e Paraíba serão cenário de um intercâmbio internacional focado em soluções climáticas para o Semiárido brasileiro. Com a participação de 11 representantes de El Salvador, Guatemala e Colômbia, incluindo jovens, mulheres e agricultores, o evento busca compartilhar práticas de adaptação climática e promoção da justiça ambiental entre comunidades rurais da América Latina. A iniciativa é organizada pelo Centro Sabiá e pela Plataforma Semiáridos América Latina, em parceria com a agência de cooperação internacional Terre des Hommes Schweiz, além do apoio da AS-PTA e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Os participantes serão recebidos em Recife e seguirão para o interior de Pernambuco, onde visitarão o Sertão do Pajeú para conhecer sistemas agroecológicos de produção. No Agreste, os intercambistas observam de perto as tecnologias de convivência com o Semiárido, como cisternas e sistemas de aproveitamento de água cinza, importantes para a resiliência em regiões secas.

Além disso, o grupo participará de uma vivência com o MST, entendendo o processo de luta pela terra e as práticas agrícolas sustentáveis ​​promovidas pelo movimento. Em seguida, na Paraíba, visitaremos o Polo da Borborema, onde conheceremos o Fundo Rotativo Solidário, que visa capacitar economicamente os agricultores e promover a autonomia financeira das comunidades.

Carlos Magno Morais, coordenador do Centro Sabiá e representante da Plataforma Semiáridos América Latina no Brasil, ressalta que o intercâmbio é uma oportunidade de posicionar o Semiárido brasileiro como modelo de resiliência e adaptação climática. Segundo ele, “essas comunidades acumulam conhecimentos valiosos, que podem ser compartilhados com outros biomas globais”. Ele destaca ainda a importância da justiça climática para a região, que contribuiu pouco para as emissões de carbono, mas está entre as mais afetadas pelas mudanças climáticas.

Com a discussão e análises apresentadas das práticas observadas, o intercâmbio pretende gerar conhecimento aplicável às regiões de origem dos participantes, fortalecendo a troca de saberes e soluções para enfrentar os desafios climáticos em uma escala maior.

 

* Com informação e imagem de Assessoria


 

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