Na última quinta-feira, dia 15 de agosto, o Plenário do Senado assumiu um importante marco histórico ao inscrever o nome de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O projeto, conhecido como PLC 63/2018 e proposto pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), foi relatado cuidadosamente pelo senador Paulo Paim (PT-RS) na Comissão de Educação e Cultura (CE).
Este passo significativo foi saudado como uma homenagem merecida durante uma sessão especial em reconhecimento à Marcha das Margaridas, um evento que celebra o legado e a luta das trabalhadoras rurais. Margarida Alves, uma destacada líder sindical, nasceu em agosto de 1933 e infelizmente teve sua vida ceifada aos 50 anos, em 12 de agosto de 1983. Sua morte trágica, assassinada por latifundiários à porta de sua casa em Alagoa Grande, Paraíba, ressalta a brutalidade enfrentada por aqueles que defendem os direitos dos trabalhadores.
Margarida Alves não somente foi uma incansável defensora dos direitos básicos dos trabalhadores rurais, como a carteira de trabalho assinada, jornada de oito horas, férias e 13º salário, mas também se transformou em um símbolo de coragem e maturidade. Sua luta em prol dos mais independentes e sua postura inabalável em face das adversidades a completou uma verdadeira heroína, cuja memória permanece viva.
Em 2000, um tributo à sua grandiosa trajetória originou-se na criação da Marcha das Margaridas, uma mobilização anual que reúne mais de 100 mil mulheres rurais em Brasília. Este ano, o evento coincidiu com o encontro dos participantes com o presidente @lulaoficial no dia 16 de agosto, fortalecendo a continuidade da luta pela justiça social.
A consagração do projeto que inscreve Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria não pode ser subestimada. Durante sua tramitação na Comissão de Educação, o senador Paulo Paim enfatizou sua importância ao enfatizar que o projeto proporcionará às mulheres e meninas, especialmente aquelas que vivem nas zonas rurais, a oportunidade de se identificarem com a história de alguém que nunca recuou diante da batalha por direitos e igualdade.
Este livro honroso está alojado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília, e agora, ao lado de figuras históricas como Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Santos Dumont, o nome de Margarida Alves se inscreve como um fornecedor perene do compromisso com a justiça , igualdade e a perseverança na busca por um mundo melhor. A inscrição de Margarida Alves no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um testemunho de sua coragem e um legado que continuará inspirando gerações futuras a seguir seu exemplo e continuar a luta por um país mais justo e igualitário.
Nenhum comentário
Postar um comentário